O que falta? Correr por ai pedindo socorro? Implorar que me levem o coração que não para de sangrar? De nada vai adiantar, pois no fundo eu sei que por mais que eu tente me conter as palavras vão ser tão expulsas de mim, até pelos olhos, que te farão entender tudo que era difícil. E eu vou sofrer de novo, por ser tão livre dos meus sentimentos que os gravo em meu rosto, em minha pele e faço com que todos vejam, que por mais que eu os liberte eles estão gravados em mim.
Depois de achar que eu fiz o possível eu vejo a estupidez dos meus atos e me culpo, como se já não bastasse a dor, por tudo que eu pensei que daria certo, ao invés de culpar você. Se eu soubesse ser tão honesta comigo como sou com você, me daria de presente te esquecer, pôr um fim nessa coisa de ser transparente e quebrável e seria de rocha de novo, seguiria tudo que brilhasse na frente pra ter certeza de que nunca mais iria encontrar essa escuridão em que estou jogada.
Eu só queria poder correr para os seus braços com um sorriso no rosto. Queria não achar as manhãs tão duras depois de sonhar com você (como de praxe). E te olhar nos olhos e você não ver nada, como antes, pra te poupar tempo, pra me poupar dor e encher sua cabeça, e que você só pense em entender o porque da lágrima nos olhos quando a boca trazia sorriso.
E o que me resta é a falta.
